Gentileza com os animais


Caros leitores,
Inicia-se mais um novo ano, depois de muitas festas, de viagens, férias, com energia renovada e com novos projetos, novas metas e novos objetivos. É maravilhoso ter a dádiva de iniciar mais um ano em nossas vidas, e com esse recomeço vem à esperança de mais amor, de mais atitudes gentis, de atitudes positivas, enfim, de um mundo melhor. Tudo isso parte primeiramente de nós mesmos, depois contagia o restante do mundo, como diz o ditado: Colhemos o que plantamos! Então, vamos plantar gentileza para colhermos amor por onde passarmos.
E se queremos amor como retribuição, não há nada nesse mundo que tem o dom do amor incondicional como o dos animais. É gigantesco o amor que eles sentem pelos seres humanos, através dos seus olhinhos podemos perceber isso, até as pessoas menos sensíveis podem sentir o amor que um animal tem a nos oferecer. Aprendemos tanto com eles, aprendemos a ver o mundo mais colorido, mais feliz, desenvolvemos o sentimento do amor, queremos até sermos pessoas melhores… Sensações muito parecidas de quando estamos apaixonados.
Então vamos espalhar mais amor? Já percebeu a quantidade de animais perdidos que estão abandonados nas ruas da cidade, por consequência das festas e viagens do final de ano? Vamos fazer alguma coisa para mudar essa realidade? Como podemos fazer isso? Segue algumas dicas: Observe as ruas da cidade, quando achar um animal, verifique a situação física dele, se estiver doente, leve imediatamente para uma consulta com o médico veterinário. Se estiver bem, leve para sua casa ou para casa de algum amigo ou parente que tenha espaço para comportar o animal. Tire fotos e faça postagens em todas as redes sociais, contate amigos, vizinhos e parentes, divulgue onde o animal foi encontrado, condições em que estava, o sexo, a cor da pelagem e outras informações que achar viável. Dessa forma fica mais fácil para localizar os tutores do animal. Se não aparecer os tutores depois de algumas semanas, adote o animal ou procure uma família responsável para adoção do animal.
Pequenas atitudes fazem grandes diferenças. São gestos simples e que pode mudar a vida de um animal, eles são inofensivos e depende dos humanos para sobreviver.
Maltratar ou abandonar um animal é CRIME, de acordo com o Artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98, a pena prevista é a detenção de 3 meses a 1 ano e multa.

Por que castrar seu animal é um ato de amor


No Brasil, ainda é bastante comum as pessoas sentirem pena de castrar seus animais, ou acharem que deixá-los procriar é algo fundamental para o bem-estar deles. Ambos raciocínios são equivocados. Castrar animais domésticos não é somente bom para eles, mas também é fundamental para mudarmos a triste realidade de cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, que sofrem de desnutrição e doenças não tratadas nas ruas do nosso país.
Cães e gatos castrados vivem mais
Uma pesquisa realizada pelo Hospital Veterinário de Banfield, nos EUA, mostra que cães machos que são castrados vivem em média 18% a mais do que os não castrados e fêmeas castradas vivem 23% a mais. Esses dados são principalmente justificados pelo fato de que animais não castrados têm mais propensão para fugir, assim estando mais expostos a brigas com outros animais e a serem vítimas de atropelamentos. Cães e gatos castrados também têm menor risco de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama, útero, ovário e testículo, e as fêmeas ficam protegidas contra piometra e gravidez psicológica.
Achar que seu animal quer fazer sexo é um antropomorfismo
O desejo sexual em cães e gatos não acontece da mesma forma que em seres humanos. A libido em cães e gatos não é rotineira, mas sim somente induzida por hormônios e odor de fêmeas no cio. Ou seja, seu cão ou seu gato não deseja fazer sexo como você. Animais castrados não reagem aos estímulos hormonais e odoríferos, e por isso não ‘sofrerão’ ao serem privados de procriar.
Além disso, a castração em animais jovens, ou seja, antes de atingirem a maturidade sexual, elimina completamente a reposta a estímulos reprodutivos. Comportamentos indesejados, como agressividade, marcação por urina em machos, fugas frequentes, latidos excessivos e monta em outros animais, não são desenvolvidos. Em animais que já atingiram a puberdade, esses comportamentos também são reduzidos de forma significativa com a castração, e os animais também obtêm os benefícios para sua saúde e bem-estar.
Se você ama o seu animal de estimação, estenda seu amor aos outros animais
Por mais cuidadoso que você seja com seu animal, você dificilmente será totalmente capaz de prevenir que ele fuja e procrie com outro animal, ou garantir que todos os filhotes dele sejam doados a pessoas que não irão abandoná-los ou reproduzi-los de forma irresponsável.
A grande maioria dos cerca de 30 milhões de cães e gatos que vivem nas ruas já teve um lar. Nas ruas, eles são expostos a doenças, desnutrição, maus-tratos, acidentes e brigas. Ou seja: sofrem diariamente. Ademais, essa situação permite que os animais se reproduzam indiscriminadamente e aumenta ainda mais o número de animais nas ruas. As estimativas são alarmantes: apenas uma cadela não castrada e seus filhotes podem geram cerca de 67 mil outros animais em um período de seis anos. Em sete anos, uma gata não castrada e seus filhotes podem gerar cerca de 370 mil filhotes.
Para tentar conter essa situação, milhares de organizações governamentais em todo o Brasil trabalham incansavelmente em mutirões de castração com o intuito de poupar animais de uma vida de sofrimento nas ruas. Nós, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), acabamos de voltar de uma expedição no Amazonas que teve o intuito de construir um paradigma mais sustentável para centenas de animais abandonados na cidade de Tefé.
Nós, e todas as outras organizações de proteção animal que realizam esse tipo de trabalho no Brasil, gostaríamos de construir um Brasil onde a existência de animais abandonados seja uma coisa do passado, e você pode nos ajudar. Além de castrar seu pet, assim garantindo benefícios inquestionáveis para o bem-estar e a saúde dele, você pode ir além. Estenda o seu amor a outros animais ao passar essa mensagem adiante. E, se você puder, identifique uma organização de confiança e seja um colaborador dessa causa. Castrar seu pet e outros animais é um ator de amor. Com toda certeza, os animais agradecem!
Fonte: Brasil Post

Cisne se mata após morte de companheiro

Cisne ficou desesperado após a morte de outra ave
(Foto: Daily Mail / Reprodução)


Uma mulher chinesa fotografou o momento de desespero de um jovem cisne depois da morte de outra ave, mais velha. As imagens revelam a atitude do cisne que parece ter cometido um possível “suicídio”. As informações são do Daily Mail.

Segundo contou Hiker Yan Yan Hsiao, da cidade Sanmenxia, na província central de Henan, o cisne fez bastante barulho e bateu as asas na água ao lado do animal morto. Minutos depois, colocou a cabeça dentro d’água e morreu.

“Depois de bater suas asas e fazer bastante barulho, colocou a cabeça na água. Eu pensei que tinha se acalmado, mas então eu percebi que estava mantendo a cabeça lá dentro. Minutos depois, estava morto”, disse.

Cientistas têm discutido se animais são realmente capazes de se matar – ou se isso pode ser considerado ‘suicídio’. Alguns relatos foram feitos, como o de um cachorro que se jogou por diversas vezes na água em Londres. Além disso, há várias testemunhas de patos que se afogam depois da morte de seus companheiros.

Fonte: Terra

Gatos domésticos estão mais diabéticos e obesos do que nunca



Pelo que se pode perceber, os humanos não são os únicos acometidos por problemas de saúde por causa de sua dieta nos últimos tempos. Casos de diabetes e obesidade têm sido diagnosticados em gatos domésticos com mais frequência do que nunca. As informações são da Ecorazzi.

De acordo com a Dra. Jennifer Scarlett, da SPCA de San Francisco (EUA), estima-se que atualmente 60% dos gatos nos Estados Unidos estejam obesos ou acima do peso.

“Isso representa aproximadamente 43 milhões de gatos, sendo que um em cada 400 gatos é diabético”, complementou ela.

As principais razões para estas taxas são, sem surpresa, uma dieta inadequada e a vida sedentária. A falta de atividade física e de nutrição apropriada leva os gatos a desenvolver diabetes do tipo II, uma vez que a sua insulina não consegue realizar sua função da maneira correta.

“A insulina serve para puxar a glicose da corrente sanguínea para as células, para que estas possam usá-la”, explicou a Dra. Scarlett. “Então quando não temos insulina ou não podemos usá-la, somos incapazes de usar a glicose, o que significa que não temos energia e começamos a queimar gordura e outras proteínas no nosso corpo”.

A boa notícia é que, se passar a ser ministrada uma dieta de baixa dosagem de carboidratos, os gatos irão perder peso e, assim como os humanos, algumas vezes podem reverter o quadro de diabetes.

“Muitos gatos entram em remissão diabética e nem precisam ser tratados da doença”, disse ela.

Alguns sinais de que o gato pode estar em risco de desenvolver diabetes é quando ele está bebendo muita água, urinando em quantidade maior que o usual ou simplesmente comendo mais e ao mesmo tempo não ganhando peso. A qualquer sinal suspeito, o animal deve ser levado a um veterinário para que este possa realizar exames e dar o diagnóstico adequado.

Razões que me levaram a escolha vegetariana

 


Quem come carne pode ser responsável por muitas ações nada éticas, mesmo que não queira admitir. Por exemplo, o desmatamento da Amazônia e de outros biomas, agora e no passado, ocorre principalmente para a criação de gado ou o plantio de soja. Ambos tem relação com a produção de carne, seja diretamente, como o gado criado para a morte, ou, no caso da soja, para exportação, servindo de alimento para bois e porcos criados no exterior. São muitos os agravantes nesse processo, além da perda de biodiversidade e dos ciclos naturais que mantém a vida, ou o metano liberado na atmosfera advindo do gado ruminante. E o Brasil exporta muita água com essas atividades, uma vez que mais de 70% da água doce disponível vai para agricultura, que inclui a grama para o gado. Poucos países têm a disponibilidade territorial ou se submetem à perda de tanta água com esse tipo de produção. Segundo Yolanda Kakabadse, ex-ministra do Meio Ambiente do Equador, hoje Presidente do WWF internacional, cada bife de 500 gramas consome seis mil litros de água para ser produzido, o que é especialmente significativo nesse momento de escassez hídrica do país e, portanto, merece reflexão.

Outro aspecto antiético é a própria morte dos animais. Não é possível que nós humanos sejamos coniventes com a forma com que os animais são mortos. Na verdade, preferimos não ver e nem saber o que ocorre para não sentirmos culpa. Mas, como ouvi de alguém lúcido, se um matadouro fosse bonito e honroso, seria envidraçado para os consumidores apreciarem. A situação é tão violenta que os trabalhadores responsáveis pelo assassinato e separação da carne sofrem danos físicos e psicológicos acima da taxa observada em outras atividades trabalhistas. Imigrantes, sem opção de algo melhor são muitas vezes levados a preencherem as vagas nos matadouros, pois quem tem qualquer possibilidade de escolha opta por outra profissão. Essa é a realidade no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui, haitianos que têm imigrado para o Acre estão sendo contratados para os frigoríficos de diversas regiões do país, por não serem legalizados e assim não terem como reclamar das péssimas condições de trabalho a que serão submetidos.

Sofrimento animal e trabalho precário

Os frangos também sofrem no processo de produção. Pintinhos considerados inaptos são triturados ainda vivos para não atrapalharem os demais, e viram ração ou algum insumo para outro produto vendável. A forma com que os animais são criados e alimentados raramente favorece o bem-estar deles. E certamente nem dos humanos, já que a quantidade de hormônios e alimentação desequilibrada ultrapassa a recomendação dos “standards” da saúde. Os animais não são mais vistos como seres vivos, e sim como um produto a ser comercializado.

É o que confirma um Relatório da Human Society International – Brasil, quando descreve como inadequados e nefastos os locais de confinamento de galinhas poedeiras, porcas prenhas e outros animais. A maioria fica no escuro e em espaços que impedem a mobilidade mínima para não perderem energia e crescerem rapidamente. Esses são os modernos sistemas intensivos de produção industrial, cujas práticas não se alinham ao bem-estar dos animais. Apesar disso, o documento menciona a existência de inúmeras pesquisas que indicam que as pessoas se importam com a forma com que os bichos são tratados, mas, diz o trabalho, “o agronegócio industrial continua a ver estes animais como mercadorias, ao invés de indivíduos sencientes, capazes de experimentar alegria e frustração, dor e sofrimento”. Outra constatação do relatório é que “produtividade não é sinônimo de bem-estar, e igualar um ao outro não tem respaldo cientifico”.

Segundo o Ministério da Previdência Social – MPS, no assassinato de aves e suínos, há 3,41 vezes mais trabalhadores com transtorno psicológicos do que na média de todos os demais setores de trabalho do Brasil. De acordo com o site Escravo Nem Pensar, coordenado pela Repórter Brasil, o trabalho nos frigoríficos é comparado ao escravo, pois os direitos dos trabalhadores são desrespeitados e o tratamento é abusivo. Mas, o setor é poderoso. Os três maiores frigoríferos do país ganharam o BNDES não como financiador mas como sócio, sendo um deles o notório FRIBOI.

Finalmente, os peixes, segundo um ex-funcionário do Ministério da Pesca, nem são considerados animais, pois acabam medidos por toneladas coletadas. Aliás, a forma como os oceanos vêm sendo tratados, não retrata respeito ou admiração pelo mundo submarino. É cada vez maior a quantidade de peixes contaminados e intoxicados pelo lixo e materiais nocivos ingeridos, que em muitos casos se torna insalubre para o consumo humano.

Comer sem saber a origem

Muitos aspectos podem ter contribuído para essa nossa desconexão com o que acontece com os bichos mortos para o consumo humano. Hoje compramos a maioria de nossos alimentos prontos, empacotados e sem vida. Já se foi a época – a não ser no meio rural – em que acompanhávamos o crescimento dos pintinhos soltos no quintal, ou dos bezerros e novilhas, dos porquinhos, dos coelhos ou dos patos criados ao léu. Muitos se afeiçoavam aos bichos e ficavam com pena de os matar, e outros viam o processo como natural, mesmo que não houvesse a intenção de maltratá-los. Mas, a concentração urbana nos levou a perder o contato com a produção dos alimentos, seja animal ou vegetal. Além disso, os processos tornaram-se mecanizados e, no caso dos animais, cruéis, pois se espera eficiência máxima do nascimento ao abate, sem levar em consideração o que o animal sente e que nele há vida. Vale assistir Earthlings (Terráqueos).

Um livro interessante que tive acesso recentemente intitula-se Cozinhar: uma história natural da transformação. Mesmo que não seja partidário do vegetarianismo, o livro defende a volta ao costume de cozinhar. Aponta diversos fatores que nos afastam do ato de preparar alimentos. O “fast-food”, por exemplo, contribui por ser uma alimentação de massa, na qual não se pensa na origem ou nas consequências do que está sendo processado e consumindo. O autor, Michael Pollan (que já participou no Brasil da FLIP) defende que cozinhar pode ser uma forma de nos reconectar à natureza e perceber a riqueza que há nos mistérios da alimentação. É trazer o meio ambiente para a mesa, para uma realidade mais próxima de nosso dia-a-dia. A especialização do trabalho, segundo Pollan, nos afasta da noção das escolhas que fazemos. É como se o departamento de alimentação ficasse responsável pelo que eu vou consumir, quando não é assim que deve funcionar. Outro tabu que ainda não foi totalmente quebrado é a crença de que cozinhar é responsabilidade exclusiva da mulher. Ora, quando a mulher se emancipou, passou a trabalhar fora e deixou de preparar os alimentos da família, apreciando o que vem pronto ou semi-preparado. Outro aspecto interessante diz respeito à importância de se consumir o que é produzido localmente, sem agrotóxicos, de modo a favorecer a economia regional e alinhar-se aos ciclos de cada localidade. E. F. Schumacher já defendia essa ideia em Small is Beautiful, inclusive por economizar energia, mas é interessante observar como a ideia permanece atual.

A opção é nossa

O meu ponto com tudo isso é que conhecimento traz responsabilidade. Nossas escolhas são nossas e de ninguém mais. O rumo que seguimos é, assim, feito de escolhas individuais e por vezes coletivas, e as consequências são condizentes com essas opções.

Por isso, se sei que um animal é morto para que eu possa desfrutar de um bife eu sou responsável pelo sofrimento daquele animal. E agora sei também que estou sendo conivente com as condições indignas dos trabalhadores responsáveis pela sua morte. Muitos estudos indicam que o consumo de carne é prejudicial à saúde. Sendo assim, serei ainda responsável pelo o que acontecerá com a minha saúde no futuro (Vejam o TED de Jenna Norwood).

Quando pensei em escrever esse artigo, não imaginava que sofreria tanto. São inúmeras as matérias e os vídeos disponíveis para quem quiser, mostrando as atrocidades pelas quais os animais abatidos passam. É um holocausto contínuo. São muitas as palestras nos TEDs que mencionam a crueldade aos animais, os males à saúde, os índices que refletem as situações de insalubridade física e mental a que são expostos os trabalhadores dedicados a essas atividades e como o mercado esconde as verdades para vender mais, fingindo ser salutar. O controle, hoje, está nas mãos de poucas grandes corporações que preferem omitir informações e manter o consumidor na ignorância do que ocorre de fato (Assista Food Inc.).

Com tantas matérias e vídeos disponíveis apontando as barbáries sofridas pelos animais e por quem trabalha nos setores do abate, submetido a maus-tratos, a danos físicos e morais, fico cada vez mais convencida que o caminho é mesmo aquele que respeita a vida de maneira ampla. Ser vegetariana hoje é um orgulho que nutro na minha vida.

Fonte: O Eco

Conheça o perigo de se compartilhar denúncias de maus-tratos a animais nas redes sociais



Entre as postagens mais comuns encontradas nos perfis em redes sociais estão as que se referem a denúncias de supostos casos de maus-tratos a animais. Esse tipo de postagem causa indignação entre os internautas e geralmente vem acompanhado de imagens ou vídeos para tentar comprovar a agressão – e é comum que muitos internautas passem a “caçar” o suposto agressor. A mobilização é tanta que, em poucas horas, a repercussão desse tipo de conteúdo é capaz de atingir milhares de compartilhamentos. E dependendo da maneira que a postagem é feita, alguns internautas podem acabar incitando mais violência na tentativa de clamar por justiça.

Na semana passada, estava sendo compartilhada uma foto, endereço e telefone de uma suposta agressora de um cão numa cidade no interior do Rio Grande do Sul. De acordo com a postagem, o animal teria sido morto a pauladas. Além dos dados pessoais da suposta autora do crime, também havia sido criada uma fan page com o nome dela e um evento com a intenção de promover uma manifestação no endereço que estava sendo divulgado. A postagem não possuía nenhuma referência a uma fonte confiável e, mesmo assim, a fan page já contava com mais de dois mil participantes. Nela era possível identificar dezenas de comentários incitando a violência, inclusive propondo que a acusada recebesse o mesmo tipo de tratamento que teria levado à morte o animal.

Para demonstrar como os usuários geralmente não se preocupam em checar a informação antes de repassá-la, criei um post contendo uma história de maus-tratos, adicionei uma foto pessoal de quando era adolescente e mais duas imagens diferentes obtidas na internet de um cão que havia sido atropelado. Sem fornecer mais detalhes, fiz a publicação na rede social. Após trinta minutos, a postagem já havia recebido dezenas de comentários ofensivos e compartilhamentos.

A maioria dos comentários possuíam o mesmo tom nos xingamentos, inclusive um deles continha ameaça de morte. O post foi removido e, em seguida, publicada uma nota de esclarecimento sobre a intenção da postagem para que ele servisse de alerta sobre os perigos que compartilhamento desse tipo podem oferecer.

Os riscos são ainda maiores quando boatos publicados na internet causam a comoção de populares, pois alguns deles podem querer fazer justiça por conta própria. Foi isso que aconteceu em Guarujá (SP), em maio de 2014. O incidente não envolve o boato de maus-tratos a animais, mas o de sumiço de crianças para serem usadas em rituais de magia negra. A história era falsa, repleta de inconsistências, mas não foi o suficiente para impedir que uma dona de casa foi morta após ter sido confundida com uma imagem postada num boato em uma rede social no litoral paulista. Independente do tipo de atrocidade relatada no boato, as manifestações dos internautas se assemelham. E, por isso, o risco de que pessoas possam ser agredidas por populares.

Seguem algumas dicas de como confirmar se uma denúncias de maus-tratos é verdadeira antes de passá-la adiante:

Como saber se uma postagem denunciando maus-tratos é verdadeira?

Não existe uma única fórmula que garanta a veracidade da postagem, principalmente se ela não possuir qualquer referência que possa ser verificada. Os internautas geralmente leem o conteúdo da postagem e o compartilham sem ter feito algum tipo de checagem. Quando isso acontece, alguns amigos podem tomar o post como sendo verdadeiro só pelo fato dele ter sido compartilhado por um amigo em que eles confiam.

Qualquer pessoa pode criar um perfil falso, postar um boato e fazer uma referência a alguém que queira prejudicar. O ideal não é compartilhar nas redes sociais, mas denunciar às autoridades.

Como denunciar um caso de maus-tratos a animais?

Qualquer ato de maus-tratos envolvendo um animal deverá ser denunciado na Delegacia de Polícia. É recomendável que, em situações em que o caso esteja ocorrendo, a Polícia Militar seja acionada imediatamente através do número 190.

Existem inúmeras entidades sem fins lucrativos espalhadas pelo Brasil que atuam em defesa dos animais auxiliando no encaminhamento de denúncias envolvendo maus-tratos. Mas o leitor também pode denunciar por conta própria, segue abaixo os passos a serem seguidos para denunciar os maus-tratos a animais conforme sugestão publicada no site da PEA (Projeto Esperança Animal):

1– Certifique-se de que a denúncia é verdadeira. Falsa denúncia é crime conforme artigo 340 do Código Penal Brasileiro.

2– Tendo certeza de que a denúncia procede, tente enquadrar o “crime” em uma das leis de crimes ambientais.

3– Então, você pode elaborar uma carta explicando a infração ao próprio infrator e dando um prazo para que a situação seja regularizada. Se for situação flagrante ou emergência chame o 190.

O que deve conter a carta:

– Data e local do fato

– Relato do que você presenciou

– O nº da lei e o inciso que descreva a infração

– Prazo para que seja providenciada a mudança no tratamento do animal, sob pena de você ir à

delegacia para denunciar a pessoa responsável

Clique aqui e veja um modelo da carta

Se for o caso de ligar para o 190 diga exatamente: – Meu nome é “XXXXX” e eu preciso de uma viatura no endereço “XXXXX” porque está ocorrendo um crime neste exato momento.

Provavelmente você será questionado sobre detalhes do crime, diga: – Trata-se de um crime ambiental, pois “um(a) senhor(a)” está infringindo a lei “XXXXX” e é necessária a presença de uma viatura com urgência.

4– Sua próxima preocupação é com a preservação das provas e envolvidos. Se possível, não seja notado até a chegada da polícia, pois um flagrante tem muito mais validade nos processos judiciais.

5– Quando chegar a viatura, apresente-se com calma e muita educação. O policial está acostumado a lidar com crimes muito graves e não deve estar familiarizado sobre as leis ambientais e de crimes contra animais.

6– Neste momento, você deverá esclarecer ao policial como ficou sabendo dos fatos (denúncia anônima ou não), citar qual lei o agressor está infringindo e entregar uma cópia da lei ao policial.

7– Após isso, seu papel é atuar junto com o policial e conduzir todos à delegacia mais próxima para a elaboração do TC (Termo Circunstanciado).

8– Ao chegar à delegacia, apresente-se ao delegado. Conte detalhadamente tudo o que aconteceu, como ficou sabendo, o que você averiguou pessoalmente, a chegada da viatura e o desenrolar dos fatos até aquele momento. Cite as leis que foram infringidas e entregue uma cópia ao delegado (Isso é muito importante).

9– No caso de animais mortos ou provas materiais é necessário encaminhar para algum Hospital Veterinário ou Instituto Responsável e solicitar laudo técnico sobre a causa da morte, por exemplo. Peça isso ao delegado durante a elaboração do TC. É preciso paciência, pois todo esse procedimento pode levar horas na delegacia, mas é o primeiro passo para a aplicação das leis e depende exclusivamente da sociedade.

10– Nuca esqueça de andar com cópias das leis (imprima várias cópias). Aqui você pode acessar as leis.

14– Siga exatamente esse roteiro ao chamar uma viatura e tenha certeza que o assunto será devidamente encaminhado. Se a polícia não atender ao chamado, ligue para a Corregedoria da Polícia Civil e informe o que os policiais disseram quando se negaram a atender. Mencione a Lei 9605/98.

Os casos de maus-tratos a animais podem ser coibidos sem que para isso seja preciso transgredir a lei e, principalmente, correr o risco de que uma tragédia ainda maior aconteça devido ao compartilhamento irresponsável. Se o objetivo é ajudar, procure as autoridades, mas jamais compartilhe informações pessoais de terceiros.

Fonte: G1

Projeto Mucky realiza campanha de financiamento coletivo



O Projeto Mucky criou uma campanha no Kickante para arrecadar verba para a compra de um novo carro utilitário, que será usado no trabalho diário da ONG que cuida de 220 primatas em Itu.

Para proporcionar tratamento adequado e recuperação aos animais resgatados, são necessárias várias ações que dependem do deslocamento da equipe para diversas regiões e cidades do país. No início de setembro, o único carro da instituição foi apreendido por falta de condições de uso, prejudicando desta forma a continuação do trabalho desenvolvido.

A campanha no Kickante visa obter recursos financeiros suficientes para aquisição de um carro utilitário 0 km, instrumento de trabalho essencial para o prosseguimento dos trabalhos e necessidades operacionais diárias, de maneira a garantir a manutenção da fauna silvestre brasileira, especificamente, destes macacos mantidos de forma permanente no Projeto Mucky.

Participar é muito fácil! Entre no site do Kickante e saiba mais

Fonte: Itu

Homem é multado em R$ 255 mil por maus-tratos contra aves em cativeiro

Pássaros foram apreendidos em Lins (Foto: Divulgação / Polícia Militar Ambiental)


Um vigilante de 57 anos foi multado em R$ 255 mil por maus-tratos a animais silvestres e exóticos e por mantê-los em cativeiro. A Polícia Militar Ambiental apreendeu 40 pássaros da fauna silvestre mantidos em cativeiro e 35 pássaros exóticos, na casa do homem no Bairro Ribeiro, em Lins (SP), neste sábado (24).

As aves estavam em situação de maus-tratos, em gaiolas sujas e em ambiente sem ventilação. Dentre os pássaros nativos, haviam espécies ameaçadas de extinção como azulão-verdadeiro, caboclinho e patativa-verdadeira. Também foi localizado um alçapão armado.

O responsável foi autuado por manter animais em cativeiro e por maus-tratos à animais silvestres e exóticos.

As aves foram apreendidas e o vigilante responderá processo judicial em liberdade.

Fonte: G1

Tráfico de animais silvestres moveu R$ 7 bilhões no Brasil em 10 anos



O Bom Dia Brasil mostra esta semana a crueldade e o desrespeito à vida das quadrilhas que fazem o tráfico internacional de animais silvestres. As quadrilhas desafiam as autoridades e alimentam um mercado lucrativo e criminoso.

Centenas de animais, muitos em risco de extinção, são capturados diariamente, e muitos acabam morrendo antes de chegar ao destino final.

Em dez anos, quase seis milhões de pássaros foram comercializados no país, um mercado que movimentou R$ 7 bilhões na última década.

A reportagem é de Carlos de Lannoy, Mahomed Saigg, Junior Alves e Felipe Wainer.

Uma pequena armadilha, uma simples arapuca. “Como esses animais são territoriais, o macho vai atrair o outro. Se ele pousar aqui, desarma a armadilha”, afirma.

O Ibama diz que o tráfico de aves começa com caçadores que capturam e escondem as aves em depósitos improvisados no meio da mata.

Agente: Tem arma em casa?
Homem: Arma? Não.

O fiscal encontra três armas – todas carregadas – e dezenas de curiós, canários, coleiros, trinca-ferros e dois periquitos. As gaiolas estão sujas, os animais, amontoados, falta comida: sinais de maus-tratos.

Deraldo Gomes dos Santos diz que mora no local e nega envolvimento com o tráfico.

Repórter: Passarinho que canta não vale muito dinheiro?
Homem: Um curió custa mais de R$ 2 mil, não é isso. Eu não vendo passarinho, eu tenho passarinho para me divertir dentro de casa. Abre a porta, só o que eu tenho é uma televisão, uma geladeira e pronto, e os passarinhos cantando.

Os fiscais identificam cada uma das aves. É um trabalho minucioso que só termina no início da noite. As gaiolas viram uma imensa fogueira.

Preso em flagrante, Deraldo foi levado para Santanópolis, a 160 quilômetros de Salvador, mas os agentes encontram a delegacia fechada e recebem a informação de que a cidade está sem delegado. “O que acontece é que é que a gente saindo do município não existe garantia que uma delegacia de outro município vá receber. Então ele vai ser liberado e a gente vai encaminhar a denúncia para o Ministério Público”, explica o agente federal do Ibama Roberto Cabral Borges.

A impunidade é a regra. Comerciantes ganham dinheiro oferecendo animais livremente em feiras do interior.

Produtor: Posso dar uma olhadinha?
Vendedor: Pode.
Produtor: Está quanto ele?
Vendedor: R$ 50.

Em um mercado de Feira de Santana, na Bahia, homens, mulheres e até menores vendem passarinhos…

Produtor: Canário está quanto?
Vendedor: R$ 40.

… macacos…

Produtor: Tem quantos aqui?
Vendedora: Três. É porque é pequenininho, é próprio para criar mesmo.

… e papagaios por encomenda.

Produtor: Papagaio eu consigo aqui?
Vendedor: Consegue.
Produtor: Quanto é?
Vendedor: Mas é mais difícil de achar.
Produtor: Mas, quanto o papagaio?
Vendedor: R$ 400, depende do papagaio.

Milhões de aves são capturadas todos os anos no Brasil. A maioria, segundo o Ibama, cai na mão de traficantes que alimentam um mercado estimado em cerca de R$ 7 bilhões. Ver um periquito rei voltar para a natureza é um privilégio. Chega a ser emocionante.

Um estudo do Ibama apontou que a exploração das aves que tem o dom de cantar é uma das principais causas de perda da biodiversidade no país, e os pesquisadores chegaram a uma surpreendente constatação: a criação legalizada vem contribuindo com o tráfico de animais silvestres.

“Fiscalização do Ibama, a gente veio olhar o plantel dele de passarinho. Abre a casa por favor”, afirma um agente.

As irregularidades atingem parte dos 400 mil criadores autorizados no país. Segundo o Ibama, cada um possui em média 20 pássaros, o que dá um total de aproximadamente 8 milhões de aves em cativeiro.

A inspeção em um criadouro de Feira de Santana dá a dimensão do problema: eles checam notas fiscais, medem o tamanho e conferem os números das anilhas de cada passarinho.

O problema é que o Ibama autoriza apenas uma anilha por animal. Para aumentar a quantidade de animais, os criadores falsificam anilhas com a mesma numeração e, para não levantar suspeitas, trocam esses animais entre si. Ou seja, a mesma numeração pode estar espalhada em mais de um criadouro, com diferentes passarinhos, dando uma aparência de legalidade a um animal capturado de maneira criminosa.

“Esses trinca-ferros aqui, você tem as anilhas todas falsificadas. Nenhuma dessas anilhas daqui são anilhas do Ibama. Isso significa que todos esses animais aqui foram capturados na natureza e inserida a anilha neles para acobertar”, explica um agente do Ibama.

Um responsável tem uma estante carregada de troféus. São títulos conquistados em torneios de canto de pássaros, atividade muito comum no Brasil. Ele admite que participa do comércio de aves entre criadores, o que é ilegal.

Inspetor do Ibama: Esses pássaros você comprou aonde?
Proprietário dos pássaros: A gente vai comprando na mão de criador. Um vai passando para o outro, vai passando para o outro.

O criador de Feira de Santana disse que trouxe aves de Belo Horizonte e Recife.

O Ibama diz que aves muito valorizadas no Brasil acabam sendo vendidas para os Estados Unidos e a Europa. A principal rota de entrada é Portugal. Aranhas, insetos e répteis são enviados até pelos Correios.

A jiboia princesa diamante, uma espécie rara de pele branca e olhos negros avaliada em US$ 1 milhão, foi levada para os Estados Unidos em 2011. O americano que comprou a jiboia informou que ela morreu no cativeiro.

“Ele já foi processado nos Estados Unidos, e atualmente as negociações estão para repatriamento dos filhotes desse animal. Ele informou que o animal morreu. Nós temos dúvidas em reação a isso, porque temos alguns vídeos que tratam esse animal como se ele ainda estivesse vivo”, afirma um agente do Ibama.

No Brasil, as aves apreendidas pelo Ibama, que não têm condições de se readaptar à natureza, são levadas para centros de triagem de animais silvestres. As demais são libertadas e fazem o trabalho de fiscalização valer a pena.

“Cada passarinho que a gente resgata, cada animal que a gente resgata, ver o animal voltando a voar, ver a alegria do animal de recuperar a liberdade. Isso vale a pena”, comemora o agente do Ibama.

Fonte: G1

Cão enforcado por homem é salvo por 2 PMs em São João da Boa Vista (SP)



Foto Reprodução


Um vídeo publicado em uma rede social mostrou parte da ação de dois policiais militares que salvaram uma cadela que foi enforcada por um homem, em São João da Boa Vista (SP), no sábado (24). De acordo com o cabo da PM Ricardo Pedro Bom, o homem de 32 anos que maltratou o animal sofre de problemas mentais e havia tentado matar o cão de uma criança da região. O acusado foi levado ao Plantão Policial, assinou um termo circunstanciado e vai responder por maus-tratos contra animais em liberdade.
De acordo com o policial, ele e outro militar chegaram à residência no bairro Jardim das Flores após uma denúncia e encontraram o animal aparentemente morto. “O homem estava todo mordido, pois tentou agredir outro cachorro na rua, que acabou mordendo ele. Ele dizia coisas sem sentido e que precisava matar a cadela, pois ela estaria com um espírito ruim no corpo. Parecia que o cão já estava morto quando chegamos, mas o outro policial percebeu que ela estava se movendo e podia estar vivo, então tentamos reanimá-lo com massagem cardíaca e respiração boca a boca, improvisando um cano. Depois disso, liguei para um veterinário e ele me orientou por telefone sobre como ajudar o animal”, contou.
Os homens colocaram o animal na viatura e o levaram para o veterinário, que medicou e tratou a cadela. O animal, chamado Bolinha, tem nove anos é tutelado por uma criança de 11 anos de idade.
A Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência contra o rapaz que, segundo a família, será internado novamente em uma clínica psiquiátrica. A esposa do policial Ricardo Bom, Michelle Tenari, visitou o cachorro e acredita que Bolinha ficará com sequelas, apesar de apresentar melhoras. “Ela está se movimentando mal, não consegue ficar em pé normalmente e cai após alguns passos. É uma coisa muito triste porque ela é uma cachorra muito dócil”, disse.
O artigo 32º da Lei de Crimes Ambientais prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de uma multa para o autor em casos como esse, mas é comum que os acusados consigam reverter a pena em serviços sociais.
Fonte: G1

CFMV cria regras para venda e doação de animais em todo o Brasil



Considerando que a exposição, a manutenção, a venda e a doação de animais em estabelecimentos comerciais são práticas comuns no Brasil, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) decidiu estabelecer princípios e normas que garantam a segurança, a saúde e o bem-estar dos animais que estiverem sob o cuidado de pet shops, parques de exposição e feiras agropecuárias, por exemplo. O objetivo é garantir que os serviços sejam prestados de acordo com as boas práticas veterinárias.

Relacionadas também a procedimentos de higiene e estética, as diretrizes deverão ser seguidas pelos médicos veterinários que atuam como responsáveis técnicos nos estabelecimentos que exercem atividades peculiares à Medicina Veterinária. "A Resolução 1069/2014 vem para padronizar a forma de atuação desses profissionais em todo o país. A partir do próximo dia 15 de janeiro, quando a resolução entrar em vigor, os responsáveis técnicos estarão respaldados por uma norma nacional para que possam orientar os estabelecimentos comerciais de exposição, manutenção, higiene, estética, venda e doação de animais, e exigir deles as adequações necessárias", explica o presidente do CFMV, o médico veterinário Benedito Fortes de Arruda.

Contato restrito com os animais 
De acordo com as novas diretrizes, uma das orientações do médico veterinário deve ser pela restrição do acesso direto da população aos animais disponíveis para comercialização. "O contato deve acontecer somente nos casos de venda iminente. Essa medida pode evitar, por exemplo, que os animais em exposição sejam infectados por possíveis doenças levadas nas roupas das pessoas", exemplifica Arruda. Segundo o presidente do CFMV, os filhotes submetidos a algum tipo de estresse podem ter sua imunidade comprometida, tornando-os vulneráveis a diversos tipos de doenças.

Instalações adequadas

Os donos dos estabelecimentos comerciais também devem ter em mente que os animais necessitam de espaço suficiente para se movimentarem. "Há casos em que vários animais são alojados em espaços pequenos, sem cama para deitar nem água suficiente para beber, sem alimentação adequada. É bom lembrar que situações de maus-tratos não são apenas um ato doloso, mas também culposo", esclarece Arruda. 

Ferir, mutilar, cometer atos de abuso e maus-tratos aos animais podem acarretar em detenção de três meses a um ano, além de multa. É o que prevê a Lei de Crimes Ambientais, de nº 9.605/1998. Por isso, a importância dos médicos veterinários, já que somente eles têm condições técnicas para prestar os devidos esclarecimentos que garantam a saúde e a segurança dos animais. “Em casos de descumprimento da Resolução CFMV 1.069/2014, os profissionais devem comunicar o fato ao Conselho Regional de Medicina Veterinária, que tomará as providências necessárias,” finaliza.

Imunização

O secretário-geral do CFMV, o médico veterinário Marcello Roza, também aponta outro ponto importante da Resolução 1.069/2014. "De acordo com as novas regras, os responsáveis técnicos deverão assegurar que os animais a serem comercializados estejam vacinados, de acordo com os programas de imunização", afirma. Segundo ele, muitas vezes, acontece de uma ninhada ser comercializada sem estar vacinada. “Esses são animais muito jovens e, se não estiverem imunizados, podem acabar se contaminando (com algum tipo de doença)”, esclarece.

Responsabilidade técnica

De acordo com a Resolução 1.069/14, os responsáveis técnicos também devem assegurar:

- que os animais com alteração comportamental decorrente de estresse sejam retirados de exposição;

- os aspectos sanitários dos estabelecimentos, principalmente para evitar a presença de animais com potencial zoonótico ou doenças de fácil transmissão para as espécies envolvidas;

- que não ocorra a venda ou doação de fêmeas gestantes e de animais que tenham sido submetidos a procedimentos proibidos pelo CFMV, como a onicectomia em felinos (cirurgia realizada para arrancar as garras); a conchectomia e a cordectomia em cães (para levantar as orelhas e retirar as cordas vocais, respectivamente); e a caudectomia em cães, cirurgia realizada para cortar a cauda dos animais;

- que as instalações e locais de manutenção de animais sejam livres de excesso de barulho ou qualquer situação que cause estresse a eles;

- que esses locais tenham um plano de evacuação rápida em caso de emergência;

- a inspeção diária obrigatória que garanta a saúde e o bem-estar dos animais.

Publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução CFMV 1.069/2014 entrará em vigor daqui a três dias, ou seja, em 15 de janeiro de 2015. A íntegra da resolução já está disponível no Portal do CFMV.

Mercado em grande expansão no Brasil, com faturamento estimado em cerca de R$ 16 bilhões no ano passado, os pet shops passam a ter uma norma nacional editada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), com orientações sobre procedimentos a serem observados na exposição, manutenção, estética, venda e doação de animais. O objetivo é garantir, com apoio do Médico Veterinário, a segurança, a saúde e o bem-estar dos animais que estiverem sob o cuidado de pet shops, em exposição e feiras agropecuárias, por exemplo. O tema está sendo amplamente debatido na mídia com notícias na Agência Brasil, Jornal do Commércio, Correio da Bahia, Correio Braziliense, Rural Notícias, A Crítica, Diário de Canoas, Portal Brasil, O Povo, Tribuna da Bahia, Monitor Mercantil entre outros.

Confira as matérias publicadas:

Agência Brasil: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-01/pet-shops-terao-norma-nacional

Política Livre: http://www.politicalivre.com.br/2015/01/pet-shops-terao-de-manter-veterinario-para-inspecoes-diarias/

Jornal do Commercio – PE: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2015/01/12/pet-shops-terao-norma-nacional-163895.php

Correio da Bahia: http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/pet-shops-terao-de-manter-veterinario-para-inspecoes-diarias/?cHash=a72099844fdbba4071f9989fa997059f

Rural Notícias: http://ruralnoticias.com/paginas/noticias.asp?p=1212015_CFMVCRIADIRETRIZESDEBOASPRATICASPARACOMERCIALIZACAODEANIMAIS.html

Correio Brazilense: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/63,65,63,12/2015/01/12/internas_polbraeco,465936/pet-shops-terao-de-manter-veterinario-para-inspecoes-de-animais.shtml

A Crítica: http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=136435

Aqui Acontece: http://aquiacontece.com.br/noticia/2015/01/12/pet-shops-terao-de-manter-veterinario-para-inspecoes-diarias

Diário de Canoas: http://www.diariodecanoas.com.br/_conteudo/2015/01/noticias/pais/118793-pet-shops-terao-norma-nacional-sobra-funcionamento.html

Portal Brasil: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/01/publicadas-regras-para-comercio-e-exposicao-de-animais

Tribuna da Bahia: http://www.tribunadabahia.com.br/2015/01/12/pet-shops-terao-norma-nacional-manter-veterinario-para-inspecoes

Monitor Mercantil: http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=164575&Categoria=CONJUNTURA

Jornal do Comércio-RS: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=184225

Com informações do CFMV