Animais traumatizados pelo abandono: como ajudar?





Resgatar ou adotar pets abandonados é um lindo gesto, mas requer compreensão e paciência. Confira as dicas para facilitar a adaptação dos amigos mais assustados. 



A maneira como tratamos os nossos animais de estimação sempre irá influenciar o comportamento e a forma como eles reagem a diversas situações cotidianas. Sempre que recebemos visitas em casa ou os levamos para passear, pode ser algo constrangedor, já que muitos animais estranham a quantidade de pessoas ao redor, o que pode resultar em comportamento agressivo e perda de controle do dono sob o animal.


Este comportamento pode ser tanto de animais comprados ou adotados, mas se tratando de animais que foram abandonados nas ruas, a maneira como eles se comportam está ligada principalmente ao seu passado, que em muitos casos trazem lembranças ruins de sofrimento, violência e inúmeros maus tratos.

Animais que são abandonados nas ruas são sempre os casos mais difíceis, em que a adaptação a um novo lar que lhe dê carinho, respeito e bons cuidados pode ser interpretada de forma errada pelo animal, que sempre viveu com medo, exigindo de seu novo dono paciência e conhecimento para ensinar as novas regras da casa.

Se você for adotar um cãozinho ou gatinho de centro de zoonoses ou até mesmo retirá-los das ruas, siga nossas dicas para garantir um ambiente agradável para ele e para a família.

  • Marque uma consulta com o seu veterinário de confiança. Peça para ele checar se está tudo bem com o animal, se será necessário fazer algum exame. Se você não souber nada do histórico do animal, peça a ajuda do veterinário para determinar uma idade aproximada e quais vacinas ele pode tomar e com que frequência. A consulta com o veterinário deve ser realizada antes de colocar o animal adotado ou resgatado em contato com outros animais.

  • Se o animal apresentar comportamento agressivo ou muito retraído, não deixe de pedir a ajuda do veterinário para saber lidar com essas situações. Manter o animal preso a uma coleira ou ficar o tempo todo com ele próximo a você não fará tão bem nesta nova fase. Não deixe de se informar!

  • Em casa, avise os familiares que eles terão um novo membro e prepare o ambiente para o mais novo morador. Reserve um cantinho para colocar a caminha, comedouro e bebedouro.

  • Se na sua casa houver crianças pequenas, ensine-as a respeitar o animal, não machucá-lo. Explique o porquê de não poder puxar o rabo, bater no animal e a fazer tantas outras traquinagens. Por ter vindo das ruas, os animais podem ser dóceis o tempo todo, afinal estamos dando carinho a eles, mas eles podem se irritar pelo simples fato de uma criança estar próxima, então vá preparando o terreno para ambos aos poucos, até todos se conhecerem. Nunca deixe a criança sozinha com o animal e observe sempre onde ela vai colocar a mão e o que ela oferece ao animal.

  • Se você estiver pensando em viajar nos próximos dias, previna-se e peça ajuda de algum familiar ou vizinho para ajudar a cuidar do animal. Existem muitos hotéis para animais, mas nem sempre temos dinheiro disponível para mais esta despesa.

  • Dar carinho e atenção é a melhor maneira de conquistar a confiança do animal. O que eles mais querem é ter uma vida saudável, longe de maus tratos e sofrimentos, perceba a reação do animal sempre que você se aproximar para dar comida e atenção a ele. É neste momento que você verá o quanto ele está grato pela ajuda.

O período em que há mais animais abandonados nas ruas é durante o verão, e pode parecer mentira, mas muitas famílias viajam neste período e abandonam seus animais de estimação nos mais diversos locais. Muitas famílias também abandonam seus animais porque vão se mudar para uma casa menor ou apartamento, ou o incômodo com os latidos dos cães a noite, reclamações de vizinhos e até mesmo o desconhecimento das responsabilidades necessárias na hora dos cuidados básicos de saúde, higiene e alimentação.

Há ainda pessoas que abandonam seus animais de estimação quando eles estão ficando velhos. Esta é uma das fases em que eles mais precisam de nossa atenção e ajuda. Parecidos com os seres humanos, os animais se tornam ainda mais dependentes nesta fase da vida, precisando de cuidados especiais, acompanhamento médico com um intervalo menor e em alguns casos medicação controlada. Devido a idade, alguns animais perdem todos os dentes, sendo necessária a preparação de uma alimentação diferenciada, com rações balanceadas para a idade e o porte do animal.

O número de pessoas que acolhem os animais abandonados e tentam incansavelmente conseguir um lar para nossos amigos é grande, o que nos conforta, já que sabemos que existem milhares de pessoas espalhadas por todos os lugares que querem garantir a felicidade de tantos animais e famílias.

Infelizmente os animais de estimação não sofrem maus tratos apenas enquanto estão nas ruas. Eles podem ter passado por situações de violência ocasionadas pela família com que conviviam também. Por isso é muito importante saber lidar com animais que tenham indícios de traumas sofridos por pessoas ou pela vida nas ruas.

Ajudar um animal acolhendo-o em casa como mais um membro da família, ou até mesmo levando ele para um centro de zoonozes e ONGs que acolhem animais abandonados, será uma grande ajuda, tanto para a sociedade que tem pessoas que querem cada vez menos ver animais abandonados nas ruas, como também para eles, nossos eternos amigos que serão gratos pela ajuda que você está dando.

1 em cada 10 animais de estimação morrem por causa de problemas cardíacos


Doença atinge com maior frequência em cães e gatos acima dos 6 anos e agora pode ser diagnosticada remotamente com aparelho que acaba de ser lançado no Brasil

O Brasil é o segundo país em número de animais domésticos do planeta, com mais de 58,6 milhões de bichos – sendo 37,2 milhões de cachorros e 21,4 milhões de gatos. Como o avanço da idade, em média a partir de 6 ou 7 anos de vida, boa parte destes animais começam a apresentar problemas de saúde, de acordo com pesquisas de universidades brasileiras. Uma das principais doenças são os problemas cardíacos.

Segundo o veterinário Marcos Barrouin Melo, especialista cardiovascular em eletrocardiografia para cães, gatos, equinos e animais silvestres, as doenças cardíacas respondem pela morte precoce de 1 em cada 10 entre caninos e felinos no Brasil.

Uma das principais barreiras para o diagnóstico é a dificuldade de acesso a um veterinário cardiologista, principalmente em áreas menos centrais. A presença do profissional permite diagnosticar com eficiência problemas graves, como a insuficiência valvular mitral e tricúspide, a hipertensão arterial e as cardiomiopatias dilatada e hipertrófica. “Estas e outras doenças cardiomiopáticas são responsáveis pela morte de, aproximadamente, 7% da população de bichos de estimação no Brasil”, afirma o pesquisador Marcos Barrouin Melo.

No entanto, um aparelho portátil para exames cardíacos que acaba de ser lançado no país promete ajudar as clínicas veterinárias no reconhecimento das doenças, laudo e avaliação do exame efetuado remotamente por profissional.

O FX-1000 é um dispositivo para realização de eletrocardiograma digital, desenvolvido para a emissão de laudos remotos por um especialista. O aparelho é leve, portátil e permite a visualização à distância das condições do bicho de estimação, com o registro da morfologia, ritmo e da frequência cardíaca.

Ligado à internet, o equipamento faz a coleta e transmissão de dados para os veterinários acompanharem remotamente seus pacientes. “Essa solução permite a emissão de laudos precisos para prevenir problemas como arritmias, distúrbios de condução elétrica e distúrbios eletrolíticos”, explica Roger Tanure, especialista em tecnologia é um dos sócios da Ferox.


Avaliação veterinária

Fazer uma avaliação clínica criteriosa e exames complementares, como o eletrocardiograma, ecocardiograma e raios-x de tórax são fundamentais para animais com idade acima de cinco anos. Isso porque é nessa fase que cães e gatos tendem a sofrer os impactos da idade.

Sem contar com o fato de que existem diversas doenças congênitas, aquelas que já nascem com os animais, e podem se manifestar a qualquer momento da vida deles, conforme explica o veterinário Barrouin Melo. “A EcoDopplercardiografia é a forma mais completa de identificação e quantificação dessas alterações. A avaliação adicional por dosagens bioquímicas de substâncias no sangue podem, também, permitir melhor avaliação da saúde cardiovascular dos animais”, conclui o especialista.

Acompanhe as dicas para que seu cão ou gato tenha uma vida mais longa e saudável:

Mantenha uma alimentação de boa qualidade (ração super premium) é condição prioritária para boa saúde dos animais de estimação

Alimentos e petiscos que devem ser evitados para cães: chocolate, uvas, carambola, cebola, frutas secas são absolutamente proibidos.

Faça avaliações periódicas: duas ou três vezes ao ano (ou mais em casos mais graves) para determinar a estabilidade do bicho e resposta ao tratamento;

Idade avançada: recomenda-se para um cão com ausculta de sopro cardíaco de grau leve aos dois anos de idade, avaliação de triagem com raio-x torácico após avaliação clínica criteriosa a partir dos 5 a 6 anos de idade, em caso de necessidade.

Para cães que apresentam sopro cardíaco de intensidade maior logo, em idade tenra, recomenda-se avaliação mais completa, para verificação da evolução ou não da doença;

Medicações, somente quando necessário, e sempre e somente se prescritos por um médico veterinário habilitado.

Carrapatos vivem nos ambientes, não nos animais

Veterinária orienta sobre como prevenir infestações e evitar que doenças sejam transmitidas para os animais e para os humanos 

Só de imaginar, algumas pessoas já começam a se coçar. E quando se conhecem as reais ameaças que os carrapatos representam, aí a atenção precisa ser redobrada. Presentes em quase todos os lugares, tanto nas cidades como chácaras, sítios e fazendas, esses parasitas habitam cada vez mais as residências, não importando a classe social. Basta haver no local “alguém que os carregue”, ou seja, um cachorro ou gato ou até mesmo você.

Além da coceira característica que causam nos animais e pessoas devido às picadas, os carrapatos são transmissores de zoonoses (doenças transmitidas por animais para humanos), sendo a principal a febre maculosa. Eles também transmitem outras doenças, como babesiose, erliquiose e anaplasmose, que provocam febre, fraqueza, depressão, alterações nervosas e, se não tratadas, podem levar à morte.

“Os carrapatos podem subir muros e paredes, vindos da vizinhança, e uma fêmea pode colocar até 4.000 ovos de uma só vez. Por isso, o combate de uma infestação exige cuidado por um bom tempo. Eles ‘escalam’ muros e cercas e também podem ser transportados pelos animais e pelo homem”, alerta a médica veterinária Isabela Coudry, gerente técnica da unidade de negócios para animais de companhia da Merial Saúde Animal.

“Ao contrário do que muitos pensam, os carrapatos vivem nos ambientes e não nos animais”, conta Isabela, avisando que o controle do carrapato deve ser realizado com produtos específicos para uso nos pets e outros para os ambientes. De acordo com ela, os carrapatos preferem viver em locais “altos”, escondidos e secos, como frestas e cantos de parede ou muro, embaixo de tampos de mesa e bancada, sob os estrados de cama, por exemplo, principalmente perto de onde o animal passa a maior parte do tempo e dorme, pois o comportamento desses parasitas é subir no animal para se alimentar de sangue e descer para o ambiente.

De acordo com a pesquisa “Panorama nacional da importância da infestação de pulgas e carrapatos”, realizada em 2012 pela Diferencial Pesquisa de Mercado a pedido da Merial, que entrevistou mais de 1.000 veterinários em São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife e Manaus, 95% dos profissionais apontam a infestação por carrapatos como a de maior gravidade. Nesta mesma pesquisa, 57% dos respondentes apontaram que as infestações desse parasita têm aumentado no País. Além disso, 91% admitiram que é comum os animais apresentarem doenças transmitidas por carrapatos, o que reforça a necessidade de não só combate, mas também controle constante desses parasitas.

Promotor quer apuração da polícia sobre agressão a cavalo em Três Lagoas (MS)


Um vídeo publicado nesta segunda-feira (5) em redes sociais causou revolta em internautas e em membros da ONG Protetoras Três Lagoas (MS), além de uma determinação de abertura de um inquérito policial para investigação de maus-tratos contra um cavalo, na Lagoa Maior.
O vídeo mostra um homem agredindo o animal a golpes de sarrafo de madeira, chutes e puxões, após o cavalo ter sido levado ao local para beber água e decidido se deitar. O animal aparenta extremo cansaço.
Segundo Charlene Santana, membro da ONG, a violência foi praticada pelo “tutor” do animal, que teria 16 anos, e por um homem que aparentava estar bêbado. Os dados constam de um pedido de inquérito policial feito pelo promotor público Antônio Carlos de Oliveira ao delegado regional de Polícia Civil, Rogério Makert.
Charlene disse que foi ao local após receber uma denúncia por meio de uma página do Facebook. Disse que viu o o tutor do animal tentando retirá-lo “a força” da água.

Uma lenda budista sobre gatos



Para o budismo, os gatos representam a espiritualidade. São seres iluminados que transmitem calma e harmonia e, por isso, costuma-se dizer que quem não se relaciona bem com seu inconsciente nunca chega a se conectar por completo com um gato, nem tampouco entenderá seus mistérios.

A verdade é que ninguém se surpreende ao saber que a figura desses animais está unida ao budismo. Tanto é assim que na Tailândia existe uma lenda sagrada que transcendeu o tempo para converter os gatos em seres únicos de paz e íntima união, havendo vários em muitos templos dos países asiáticos. É por isso que é tão comum ver tantos gatos dormindo e enrolados nos braços das múltiplas estátuas sagradas de Buda e outros temas que enfeitam os jardins dos santuários.

Os gatos veem muito além dos nossos sentidos. Entre suas horas de sonecas e seus momentos de brincadeiras e exploração, olham nossas almas com seu olfato refinado. Aliviam tristezas e nos preenchem com seus nobres e reluzentes olhares.

Frequentemente costuma-se dizer que ter um cachorro é ter o companheiro mais fiel que pode existir. Isso é totalmente certo. Mesmo assim, quem conhece o caráter de um gato sente que a conexão é mais íntima e profunda, e por isso diversos monges budistas como o mestre Hsing Yun falam do poder curativo desse animal. Convidamos você a descobri-lo conosco.

Uma lenda budista sobre os gatos originária da Tailândia

Em primeiro lugar, temos que saber algo muito importante. O budismo não está organizado em uma hierarquia vertical. A autoridade religiosa descansa sobre os textos sagrados, mas, por sua vez, existe uma grande flexibilidade em seus próprios enfoques. A lenda que vamos mostrar tem suas raízes em uma escola específica: a do budismo theravada, ou o budismo da linhagem dos antigos.

Foi na Tailândia e dentro desse contexto que foi escrito O Livro dos Poemas do Gato, ou Tamra Maew, hoje conservado na Biblioteca Nacional de Bangkok como um autêntico tesouro que deve ser preservado. Em seus antigos papiros, pode-se ler uma encantadora história que conta que quando uma pessoa havia alcançado os níveis mais altos de espiritualidade e falecia, sua alma se unia placidamente ao corpo de um gato.

A vida poderia ser então muito curta, ou o quanto a longevidade felina permitisse, mas quando chegava o fim essa alma sabia que subiria para um plano iluminado. O povo tailandês daquela época, conhecendo essa crença, mantinha também outra curiosa prática.

Quando um familiar falecia, enterrava-se a pessoa em uma cripta junto com um gato vivo. A cripta tinha sempre um espaço por onde o animal poderia sair, e quando o fizesse tinham por certo que a alma do ser amado já estava no interior daquele nobre gato. Desse modo, alcançava a liberdade e esse lugar de calma e espiritualidade capaz de preparar a alma para o caminho posterior, o caminho de ascensão.


Os gatos e a espiritualidade

Dizem que os gatos são como pequenos monges capazes de trazer a harmonia a qualquer lugar. Para a ordem budista de Fo Guang Shan, por exemplo, são como pessoas que já alcançaram a iluminação.

Os gatos são seres livres que bebem quando têm sede, que comem quando têm fome, que dormem quando sentem sono e que fazem o que deve ser feito a cada momento sem necessidade de agradar ninguém.

Não se deixam levar pelo ego, e algo especial desses animais segundo esse ramo do budismo é que eles aprenderam a sentir o que vem do homem desde eras muito antigas na história do tempo. No entanto, as pessoas ainda não aprenderam a sentir o gato no presente.

São leais, fiéis e afetuosos, e suas demonstrações de carinho são íntimas e sutis e, ainda assim, tremendamente profundas. Só aqueles que sabem olhar para o seu interior com respeito e dedicação entenderão o seu amor inquebrável, mas as pessoas que são desequilibradas ou que frequentemente elevam sua voz para gritar jamais serão do agrado dos gatos.

Para concluir, sabemos que não é preciso recorrer aos textos budistas para entender que os gatos são especiais, que seus olhares nos transportam para universos introspectivos, que com suas estranhas posturas nos convidam a praticar a ioga, que são um exemplo de elegância e equilíbrio. Queremos o bem desses animais e até os veneramos e, ainda que eles mesmos se acreditem autênticos deuses lembrando quem sabe de seus dias no Antigo Egito, permitimos que eles sejam orgulhosos.

Todos temos nossas próprias histórias com esses animais, momentos inesquecíveis que nos permitiram aproveitar pequenos instantes cheios de magia e autenticidade. Esses que seguramente serviram de inspiração para criar essa charmosa lenda budista que ficou impressa em tinta, papel e misticismo. A mesma que hoje nós queríamos contar e compartilhamos em nosso espaço com você.


Fonte: Revista Pazes