Como Deixar o seu Animal Sozinho em Casa

As nossas rotinas atarefadas exigem que os animais possam ter de ficar algumas horas sozinhos em casa.
No entanto, não lhes chamamos animais de companhia apenas por nos fazerem companhia: eles também necessitam da nossa presença, atenção e afeto.
Antes de adotar um animal, as pessoas não costumam dar muita importância a este assunto. Afinal, tantos cães e gatos ficam em casa sozinhos quando os seus donos vão trabalhar e não morrem por isso.
Mas quando começam a surgir coisas estragadas em casa, objetos partidos ou necessidades espalhadas pelo chão, o caso muda de figura.
Punir o animal só vai agravar a situação, acrescentar mais stress a todo o stress que o animal já tem acumulado de quando fica sozinho:
Eles têm um tipo de memória diferente. Não são bons em raciocínio. Eles não conseguem olhar para trás e perceber que o que eles fizeram há uma hora atrás é a razão do seu dono estar zangado com eles.
— John Bradshaw, diretor do Instituto de Antrozoologia da Universidade de Bristol
O principal problema com as nossas saídas de casa é que animal não sabe se a nossa ausência é temporária. Fechar a porta de casa e sair para o trabalho é uma experiência normal para nós, mas pode ser muito stressante para os animais que ficam para trás.
Este é um assunto que deve merecer toda a nossa atenção e até tem estado em foco nos últimos tempos. Por exemplo, está agendada para 2016 a estreia do filme «The Secret Life of Pets» («A Vida Secreta dos Nossos Bichos» em português), que nos conta de uma forma divertida o que os nossos animais fazem quando os deixamos sozinhos. Veja o trailer, é excelente.
De volta à realidade, vamos de seguida analisar como cães e gatos vêm a ausência dos seus donos — e como pode ajudá-los a ficar sozinhos de uma forma bem mais tranquila.

Cães

Os cães são animais extremamente sociáveis e com uma notável ligação ao ser humano, pelo que não se sentem confortáveis quando deixados sozinhos.
A solidão e o stress podem mesmo desencadear uma crise em que os cães ficam “traumatizados como crianças abandonadas”, tal como referiu o investigador John Bradshaw, diretor do Instituto de Antrozoologia da Universidade de Bristol que estuda o comportamento de animais de estimação há 25 anos.
Esse stress e ansiedade pode desencadear uma série de comportamentos que naturalmente não desejamos que eles tenham, tais como ladrar incessantemente (possíveis problemas com vizinhança), necessidades fora do sítio, roer móveis, revirar lixo, lamberem-se incessantemente (provocando feridas), entre outros.
Provavelmente o seu cão nunca vai apreciar a ideia de ficar sozinho, no entanto, com algumas dicas é possível reduzir significativamente o problema.

Dicas para deixar o seu cão tranquilo em casa

  1. Habitue o cão aos poucos: Se o seu cão ainda não está habituado a ficar sozinho, é uma boa ideia começar a habituá-lo aos poucos. Experimente sair de casa por 5 minutos, voltar, sair por mais 15 ou 30 minutos, voltar de novo. Este pequeno treino ajuda o cão a compreender que você sai, mas volta, e com isso reduzir a ansiedade. Experimente também promover alguns períodos de silêncio e distanciamento durante o dia, para o cão se habituar e perceber que não há nenhum mal nisso.
  2. Não deixe o seu cão associar isolamento a punição: Uma vez que o seu cão ficará sozinho durante a sua ausência, ele não deve associar esse isolamento a algo mau ou punitivo. Pelo contrário. Ao associar o isolamento a coisas boas, ou pelo menos a algo natural, ficará mais tranquilo.
  3. Um bom passeio pela manhã: Um bom passeio com algum exercício pela manhã pode ajudar bastante. A energia gasta numa caminhada ou numa corrida já não será gasta em casa durante a sua ausência, pelo que ficará mais calmo. Claro que a quantidade de exercício deve ser ponderada caso a caso: o seu cão ainda é jovem ou nem por isso? Tem algum problema de saúde? Está muito calor? Tudo isto deverá ser tido em conta e em caso de dúvida o seu veterinário pode ajudar.
  4. Desvalorize a despedida e o regresso: Não diga adeus quando sai nem faça (ou deixe fazer) uma grande festa quando regressa. A separação e o reencontro devem ser hábitos normais, não um acontecimento. Se der muita atenção imediatamente antes de sair, o cão pode associar essa atenção a algo mau (vai ficar sozinho). De igual modo, se der muita atenção assim que chega, vai aumentar a ansiedade do cão da próxima vez que sair, ansioso pelo seu regresso e pela atenção redobrada que recebe.
  5. Deixe coisas para o seu cão fazer: É comum ler relatos de donos que chegaram a casa e viram algum objeto destruído, mas na verdade não deixaram nenhum brinquedo à disposição do animal para se poder distrair. Coloque alguns brinquedos pela casa antes de sair (bolas, bonecos, ossos próprios para brincar), para que o cão tenha algo que fazer durante as horas que estiver sozinho. Pode inclusive subir a parada: esconda alguns brinquedos em sítios acessíveis para que o cão os possa descobrir, mas que o obrigue a procurar primeiro, estimulando-o física e mentalmente.
  6. Música, Maestro!: Não precisa de colocar a 9ª sinfonia de Beethoven a tocar pela casa, mas uma simples televisão ligada, com o leve barulho de fundo dos programas, ajuda a combater a solidão. Escolha um canal ou um conjunto de programas calmos, como documentários da natureza ou, lá está, música clássica. Em alternativa, um simples rádio ligado é melhor do que nada.
  7. Um sinal da sua presença, mesmo ausente: A ansiedade de separação do seu cão será menor se tiver acesso a algo seu, com o seu cheiro — por exemplo uma peça de roupa que tenha usado recentemente.
  8. Um companheiro: Dois animais distraem-se melhor do que um animal sozinho. Claro que a decisão de adicionar um novo animal à sua família deve ter em conta muitos fatores para além da solidão, mas não deixa de ser uma ideia a ponderar. Fale com o seu veterinário e questione se será uma boa ideia adicionar um novo cão ao que já tem e o que deve procurar no novo companheiro (em termos de tamanho, género, energia ou temperamento). A última coisa que queremos é acabar com uma situação de incompatibilidade, má para nós e má para os animais.

Se ainda não tem um cão e pondera adotar um


Um estilo de vida que o leve a estar ausente durante grande parte do dia, devem fazê-lo refletir sobre se um cão é o animal certo para si — ou se quisermos colocar a questão de outra forma, se você é o dono ideal para um cão.
Como referimos em cima, os cães são animais muito sociais e, por sua vontade, ficavam junto dos donos 24/7. Se você pensa que o seu possível futuro cão ficará a maior parte do dia sozinho em casa, reflita bem sobre as vantagens e desvantagens. Para além da companhia e do afeto, os cães têm necessidade de ser passeados e exercitados diariamente.
Um animal de estimação exótico, sem a mesma necessidade de contacto e companhia constantes de um cão, poderá ser uma melhor opção para si e para o seu futuro animal de estimação.

Gatos

Os gatos, senhores do seu nariz, mantiveram desde sempre alguma independência e espírito livre — algo que a sua história de domesticação ajuda a explicar.
No entanto, tal não significa que os gatos não necessitem de companhia. Apesar de não serem extrovertidos com os seus sentimentos, os gatos apreciam a nossa companhia e gostam de nos ter por perto.
Como retrata uma conhecida citação:
A diferença entre cães e gatos é que os cães não fazem nada para disfarçar o seu apego, enquanto os gatos fingem ser coincidência estarem na mesma sala que você 97% do tempo.
Tal como os cães, também os gatos podem sofrer de ansiedade de separação com as nossas ausências e manifestá-lo através de problemas de comportamento: necessidades fora da caixa, miados mais agudos, problemas alimentares (umas vezes comer demais, outras deixar de comer), isolarem-se em casa, entre outros.

Dicas para deixar o seu gato tranquilo em casa

  1. As despedidas e os regressos: Tal como acontece com os cães, a ansiedade de separação no seu gato pode ser reduzida se não fizer da despedida e do regresso um acontecimento. Sobretudo quando sai, não encha o gato de mimos numa despedida prolongada. O carinho deve ser associado a um momento bom e não a um momento de despedida.
  2. Mantenha as rotinas: Os gatos são animais metódicos e gostam de seguir uma rotina. As refeições devem ser dadas sensivelmente à mesma hora e no mesmo local, assim como a caixa da areia deve estar no mesmo local e limpa, sem acumulação de fezes. Considere também deixar-lhe acesso livre aos seus sítios favoritos; compartimentos de portas fechadas são uma fonte de irritação para os nossos pequenos felinos (oh, se são!). Mantendo as rotinas em casa, o gato sente-se mais seguro e confortável.
  3. Crie um ambiente estimulante: Os gatos dormem durante a maior parte do dia, mas quando estão acordados — e sobretudo se estiverem sozinhos — necessitam de gastar energia. Deixe alguns brinquedos disponíveis em casa, que façam o seu felino correr e saltar até ficar exausto, satisfeito e por isso, muito mais calmo.
  4. Passe tempo de qualidade com o seu gato: Mesmo que necessite de estar várias horas diárias fora de casa, quando está presente certifique-se que dispensa tempo de qualidade para se dedicar ao seu gato. Brincar com ele, dar-lhe um pouco de mimo e de colo, deixá-lo estar ao seu lado. Apenas não o faça logo antes de sair ou depois de chegar (reveja o primeiro ponto).
  5. Esteja atento a alterações de comportamento: Se o seu gato se começa a comportar de forma diferente, como fazer necessidades pela casa, miar ou lamber-se excessivamente, entre outros, considere levar o bichano ao veterinário. Os gatos são muito discretos em relação aos seus sentimentos, pelo que uma alteração de comportamento pode indicar um problema de saúde sério.

Um novo gato?

Cães e gatos são animais muito diferentes, mas as pessoas tendem a associar os comportamentos de ambos como se significassem a mesma coisa. Isto leva a pensar que, uma vez que um cão pode apreciar bastante a adição de um novo cão à família, o gato também gostará de ter um novo gato para lhe fazer companhia.
No entanto, a especialista em comportamento felino Vicky Halls explica que este não é o caso:
Alguns gatos gostam de ter companhia de outros gatos, muito poucos precisam dela, mas a maioria dos gatos, se lhe fosse dada a escolha, preferiam viver sozinhos.
— Vicky Halls
É perfeitamente possível dois ou mais gatos darem-se bem (sobretudo se viverem juntos desde pequenos), mas não se preocupe demasiado em oferecer uma companhia felina ao seu gato: talvez ele não partilhe da sua opinião sobre isso.

Deixar o animal sozinho em dias festivos

Em festas populares e passagens de ano, que incluem normalmente espetáculos de fogo de artificio, é necessário ter um cuidado especial com os seus animais de estimação — sobretudo quando estes ficam sozinhos em casa.
Os cães, com uma sensibilidade auditiva grande, podem ficar tão assustados com o barulho dos foguetes que entram em pânico. Os gatos são também dotados de uma excelente audição, mas costumam lidar melhor com o barulho: ficam atentos, alertas, podem até esconder-se mas voltam à sua rotina quando o barulho termina.
Para que tudo corra pelo melhor, a primeira coisa que deve fazer é certificar-se que as portas e janelas de casa ficam bem fechadas: um animal em pânico pode tentar fugir de casa, com todos os riscos que isso acarreta (como ficar perdido ou sofrer um acidente). Além disso, portas e janelas bem fechadas abafam um pouco o barulho dos foguetes e não deixam passar os clarões.
Procure deixar o animal num compartimento da casa onde o barulho exterior seja menos audível, deixando lá comida, água e um sítio confortável onde se possa deitar, como uma caminha ou uma caixa de papelão, este último no caso dos gatos.
Deixe uma televisão ligada ou alguma música de fundo que seja familiar ao dia a dia do animal e que o deixe mais confortável.
Certifique-se também que objetos perigosos ficam fora do alcance, tais como álcool, fósforos, produtos químicos e outros. Um animal assustado pode desencadear um grave acidente, para si próprio e para toda a casa.
Se tem mais do que um animal em casa e existe um histórico de intolerância entre eles, é recomendável que os deixe separados. O barulho do fogo de artificio pode ser um catalisador para começarem uma briga e acabarem com ferimentos sérios.
Pode minimizar os riscos de os animais se assustarem com barulhos fortes se os habituar gradualmente a essas situações.
Por exemplo, interagir e brincar com eles enquanto o aspirador está ligado, ou até durante uma trovoada. Se os animais começarem a demonstrar um comportamento positivo ou de indiferença perante esses barulhos, é provável que não deem grande importância a um fogo de artifício no futuro.
Outra dica para minimizar os riscos é exercitar o seu cão ou gato algumas horas antes. Este exercício pode ser na forma de um passeio no caso dos cães ou de brinquedos no caso dos gatos. A atividade é uma excelente forma de controlar o stress e reduzir a tensão.

Deixar o animal sozinho por vários dias

Caso necessite de se ausentar por vários dias, deve proporcionar outros cuidados e ter outras precauções para que tudo corra bem.
Um gato, regra geral, pode ficar sozinho em casa durante um fim-de-semana (ou o equivalente a dois dias). São animais bastante independentes e sabem como se tratar sozinhos. Aliás, sendo uma ausência relativamente curta, é preferível deixá-lo sozinho do que sujeitá-lo ao stress de uma viagem numa caixa de transporte.
Certifique-se que deixa comida suficiente (uma taça bem composta de ração seca, que não se deteriora), água fresca em quantidade para os dois dias e a caixa de areia limpa.
Deixe o gato com acesso aos seus locais favoritos, sobretudo onde ele costuma dormir, pois essa será a sua principal atividade diária. Como já vimos anteriormente, não fazer alterações à rotina do seu gato é fundamental para que ele se sinta seguro e tranquilo.
Perante uma ausência mais prolongada, aí já serão necessários cuidados de pet-sitting (já lá vamos).
Os mesmos dois dias, para um cão, são um assunto diferente. Os cães necessitam de passear e podem adquirir problemas de saúde se tentarem reter a urina e as fezes durante muito tempo, à espera que o dono chegue para finalmente ir à rua.
Assim, mesmo que a ausência se limite a um fim-de-semana, é necessário ter alguém que possa ir a sua casa, tratar da alimentação, higiene básica e passear o seu cão, mantendo a sua rotina natural.

Pet-sitting

Em termos simples, um pet-sitter é como um baby-sitter, mas para animais de estimação.
São profissionais que, na sua ausência, procuram manter a rotina diária do animal e prestar-lhe os cuidados que são necessários, como a alimentação, mudança da água, higiene e passeios. Também administram medicação que o animal esteja a tomar e levam-no ao veterinário em caso de emergência.
Como o animal se mantém em casa, no seu ambiente normal, a experiência é menos stressante para o peludinho.
Naturalmente o pet-sitting é um serviço pago, pelo que deverá ter sempre em conta a vertente financeira caso opte por esta solução.
Em alternativa, caso tenha familiares, amigos ou vizinhos de confiança que lhe possam dar uma ajuda com os seus animais na sua ausência, poderá ser uma solução mais económica. Certifique-se no entanto que são pessoas que conhecem bem os animais e sabem o que fazer perante uma emergência (uma das vantagens de ter um profissional à disposição).
Outra solução possível, mas também naturalmente paga, são os hotéis para animais. Como este artigo se foca nos animais que ficam em casa, não vamos aprofundar a questão da estadia em hotéis, no entanto, convém estar a par da existência destes serviços para planos futuros (como as próximas férias).

“Eu volto!” — conclusão

Os animais não percebem as nossas palavras quando lhes tentamos explicar que vamos voltar. Mas é possível, com alguns métodos e dicas, reduzir a ansiedade e o stress que eles sentem quando ficam sozinhos em casa.
Recapitulando:
  • Os cães tem uma ligação muito forte ao ser-humano e podem ficar “traumatizados como crianças abandonadas” quando deixados sozinhos em casa;
  • chave para os deixar mais tranquilos é cansá-los e exercitá-los com um bom passeio pela manhã, de forma a gastarem toda a energia e ficarem mais relaxados em casa. Um ambiente estimulante também ajuda a passar o tempo;
  • Os gatos são menos extrovertidos, mas não necessariamente menos apegados e podem sofrer de ansiedade de separação da mesma forma que os cães;
  • Manter as rotinas em casa e criar um ambiente estimulante com brinquedos são duas boas ajudas para que o felino passe melhor durante a sua ausência;
  • Na hora de decidir juntar um novo animal para fazer companhia ao seu, pondere bem e peça conselhos ao seu veterinário. Um cão poderá apreciar melhor a companhia de outro cão do que um gato apreciar a companhia de outro gato;
  • Tome especiais precauções ao deixar o seu animal sozinho em casa em dias festivos, pois o barulho de foguetes pode ser assustador. Acessos à rua devem ficar bem fechados e objetos perigosos fora do alcance;
  • Se a sua ausência é superior a um dia, poderá necessitar de contratar serviços de pet-sitting, ou recorrer a familiares, amigos ou vizinhos de confiança que possam ir a sua casa tomar conta dos seus animais.
Caso o seu animal continue a demonstrar sinais de ansiedade, recomendamos que consulte o seu veterinário. Este saberá avaliar a situação e, caso seja necessário, encaminhar para uma consulta de comportamento — leia aqui uma entrevista com um veterinário especialista em comportamento animal, para ter uma melhor ideia sobre o que se trata.
Dedique tempo de qualidade ao seu animal. É tão fácil fazer um animal feliz, um simples mimo não custa nada a ninguém e pode significar tanto para os nossos peludinhos.
Mesmo que esteja algumas horas diárias fora de casa, não há razões para não criar um vínculo forte com o seu animal. Este retribuirá da forma mais genuína do mundo.

Como cortar a unha do seu cachorro


Conheça dicas valiosas e aprenda a cortar as unhas do seu cão de maneira segura.


Se engana quem pensa que a manutenção em dia das unhas do cachorro é apenas por aparência. Na verdade, é um cuidado básico de saúde, já que, quando as unhas estão muito grandes, além de causar desconforto no animal quando ele se locomove, elas podem quebrar, deixando o pet aberto a uma infecção; ou envergar, influenciando em sua postura ou até mesmo perfurando a carne.

Geralmente, pets que não passeiam muito, pets idosos, ou que têm mais contato com superfícies lisas (como os que moram em apartamento), precisam que suas unhas sejam cortadas mais vezes. No caso de animais mais ativos, as unhas são naturalmente reduzidas com o exercício.

Separamos informações e o passo a passo para tutores que desejam aprender a cortar a unha de seus cães em casa, sem depender sempre exclusivamente de groomers e médicos veterinários. Além disso, há dicas para tornar o momento menos estressante, para humanos e cachorros.

Por que é preciso ter um cuidado especial na hora de cortar as unhas do cão?

A unha do cachorro possui vasos sanguíneos e nervos em seu eixo central, conhecido como sabugo. Quando cortado, o cachorro sente muita dor e perde sangue.

Quantas vezes você deve aparar a unha do seu cachorro?

Idealmente, corte a unha do seu cão a cada 1 ou 2 semanas e desde filhote. É importante não deixá-las muito grandes e sempre mantê-las no tamanho certo. Como a veia cresce à medida que a unha aumenta, se deixá-las sem cortar por muito tempo, a veia fica mais próxima da extremidade, assim ficando com uma chance maior de cortá-la.

Como saber que está na hora de cortar a unha?

Geralmente, quando você escutar o barulhinho das unhas batendo no chão, está na hora de apará-las. Uma vez que você começar a ser responsável por cortar as unhas, irá se acostumar ao tamanho e passará a saber visualmente se ela já está muito longa.

Como transformar o momento de cortar as unhas do seu cão mais tranquilo?

É preciso acostumar o seu cachorro a, primeiramente, ser tocado nas patas. É comum ver cães que não se sentem confortáveis com esse momento, seja porque esse é uma área vulnerável, ou porque eles se machucaram cortando as unhas em outro momento e acabaram associando a algo negativo.

Gradativamente, vá tocando na pata do seu cão, relacionando a algo gostoso e uma troca entre tutor e pet. Uma massagem de leve na almofada, respeitando o tempo do seu cão.

E quando falamos em respeitar o tempo, tudo vai depender de cada animal. O importante é que você continue tentando, todos os dias e nos momentos que o seu cão está bem tranquilo. Exemplos: Está vendo televisão, os dois juntinhos no sofá? Faça massagem! Após, vá evoluindo e toque não só na pata, mas também nas unhas.

Kit cortador de unhas


Existem dois tipos de cortador de unha: Alicate e Guilhotina. O cortador estilo guilhotina tem um buraco onde a unha vai e uma lâmina move para cortá-la uma vez que a pessoa aperta as alças. O cortador do tipo alicate funciona como um par de tesouras normal. Você abre e coloca a ponta da unha do seu cão entre as lâminas para prepará-la. Visite um profissional para te indicar qual dos dois é o melhor para o seu cachorro.

Lixa – Se a unha talhar, a lixa serve para dar um acabamento. Há ainda uma opção de lixa, chamada Pedi Paws, ou lixa prêmio, que é um instrumento com motor que possui uma lixa dentro e pode ser uma alternativa mais fácil para tutores inexperientes.

Pó Hemostático – É importante para estancar o sangue, caso necessário.

Bifinhos – Dar alguns pedacinhos de bifinho é uma forma de, através do reforço positivo, o pet entender que aquela situação pode ser boa. Sempre mantendo a atenção na quantidade.

Cortando a unha do seu cachorro

  • Separe o kit cortador de unhas e escolha um momento que o seu cão está tranquilo, por exemplo, pode ser depois de um cochilo;
  • Pegue a pata do seu cachorro e segure-a com firmeza, mas com suavidade para não machucá-lo;
  • Comece pela extremidade da unha e corte em ângulo de 45 º, direcionando para a unha o bordo cortante do cortador;
  • Sempre tenha cuidado com o sabugo. Em unhas brancas, a área rosada é bem visível e torna mais fácil o corte. Em unhas escuras e pretas, vá aparando aos poucos. Observe dentro da unha, quando começar a aparecer na região do corte um circulo cinzento (ou branco, no caso das unhas brancas), está chegando perto do sabugo e está na hora de parar;
  • Se você cortar o sabugo, não fique nervoso e aplique com pressão um pedaço de algodão com pó hemostático. Se o sangue não estancar, consulte o seu veterinário;
  • Não esqueça de cortar a unha do esporão, localizada na parte interior da pata.
  • Para finalizar o corte da unha, dê o acabamento com uma lixa;
  • Não deixe de dar pequenos pedaços de bifinhos para recompensar o momento;

Dica especial: Se você não está se sentindo seguro para cortar a unha do seu cão, leve-o para um profissional.

A melhor maneira de aprender é consultar um médico veterinário ou tosadores profissionais para que, pessoalmente, eles possam ensinar como é a maneira correta.

Dicas de como tornar a vida do cão com problemas na coluna mais fácil e sem dores


Confira dicas importantes que podem auxiliar o seu cão a ter uma melhor qualidade de vida, mesmo com problema nas costas.

Não é difícil encontrarmos cães com problemas de coluna, principalmente aqueles que possuem uma idade mais avançada. Infelizmente, muitos tutores não sabem que seus cães possuem esse tipo de problema. Isto porque muitos não levam seus pets para uma consulta rotineira em uma clínica veterinária. Existem raças de cães que são predispostas para o aparecimento de doenças na coluna vertebral, principalmente aqueles com estrutura mais comprida, como o Dachshund, Beagle e o Basset Hound. As principais dicas para que o cão com problema de coluna viva com qualidade de vida, são:

– Sempre leve seu cão para fazer hidroginástica. Existem atualmente profissionais especializados em fisioterapia veterinária, sendo esses os mais indicados para acompanhar o cão nas sessões. Contudo, levar seu pet para a piscina junto com você pode fazer com que a dor na coluna alivie;

– Nos dias que o pet esteja sentindo mais dores na coluna, podem-se utilizar compressas quentes na região da coluna. É importante esclarecer, que deve ser feito com o animal com a coluna ereta. O tutor deve ter cuidado para que a temperatura não esteja muito alta, pois pode queimar o cão;

– Sempre evite que seu cão fique em chão liso. Normalmente, os cães que vivem em chão extremamente liso tendem a dar pequenas escorregadas. Isso é terrível para aqueles que têm problemas de coluna;

– Não é indicado que o pet fique subindo e descendo escada. É perceptível que o ato de subir e descer escadaria requer muita flexibilidade da coluna vertebral. Para os animais que sentem dores crônicas nas costas, isso se torna uma prática bastante dolorosa;

– A acupuntura garante grandes resultados para os cães, no entanto, apenas o médico veterinário poderá realizar o procedimento. Não permita leigos, pois poderá agravar o quadro clínico;

– A massagem nas costas do cão poderá ser feita pelo tutor como forma de amenizar o desconforto, porém sem nenhum tipo de gel ou hidratante. Os problemas musculares podem ser aliviados com mais êxito utilizando a massagem;

– Sempre ao carregar seu animal, segure pela região tórax e pela região pélvica, simultaneamente. Não suspenda somente pela parte anterior (tórax), pois causará bastante incomodo e dor no cão;

– É importante impedir que o pet suba em sofás, camas e cadeiras. A maioria dos cães sobe e desce sozinhos desses locais, no entanto, o momento da subida e descida causa fortes impactos na coluna;

– Não permita que seu cão fique acima do peso. Nem sempre estar acima do peso é sinal de saúde e de bom tratamento. A obesidade prejudica muito a coluna, principalmente naqueles que já sofrem por esse problema;

– Não coloque seu animal perto de animais de maior porte. No momento da brincadeira, pode haver uma lesão mais séria na coluna;

– Não caminhem longas distâncias ou em terrenos acidentados com seu animal. Procure andar em caminhos mais curtos e com terreno mais regular;

– Visite regularmente o médico veterinário. Animais com problemas de coluna devem ter um monitoramento trimestral. Isso ajudará ao pet levar uma vida com melhor qualidade.

O prognóstico vai depender da causa primária. Normalmente, os problemas de coluna não prejudicam ou ameaçam a vida do seu pet, porém devem ser tomados cuidados especiais.

Alimentação Natural é melhor que ração?


Muitas pesquisas sugerem que, quanto mais industrializado o alimento, mais químicos são utilizados e mais mal podem fazer a saúde do seu melhor amigo.

Essa é uma pergunta que escuto com muita frequência no consultório, por trabalhar também com Alimentação Natural (ou simplesmente AN).
Afinal, você sabe o que significa Alimentação Natural (AN)? Existem tipos diferentes de AN? Existem restrições ou todos os pets podem comer? Quais as principais diferenças entre AN e as rações?
Quando falamos em Alimentação Natural (AN) muitas pessoas ainda imaginam que significa servir as sobras da nossa própria comida para os mascotes, entretanto não é tão simples assim. Cães têm necessidades diferentes das dos humanos e, além disso, alguns temperos usados por nós são muito perigosos para eles, como a cebola, por exemplo.
A AN consiste em oferecer uma alimentação saudável, balanceada, com ingredientes de alta qualidade, selecionados e que supram todas as suas necessidades. Na AN não é permitido o uso de qualquer tipo de aditivo químico. Ela pode ser cozida, crua com ossos ou sem ossos. Há bastante discussão entre os veterinários sobre a AN crua com ossos, pois pode causar acidentes. Então, se você optar por esse tipo de alimentação, só ofereça ossos quando o pet estiver sob supervisão. A crua, seja ela com ou sem ossos, precisa passar por um período de congelamento prévio antes de ser oferecida, pois podem haver contaminantes que põem em risco a saúde do pet e por isso é melhor não arriscar. A AN cozida é considerada a mais segura, pois oferece a menor possibilidade de conter contaminantes, contudo, por termos de cozinhar os ingredientes, é a que demanda maior tempo de preparo.
Se você pensa em mudar a alimentação do seu cão, o primeiro passo é levá-lo a um veterinário de sua confiança para um check up, para ter certeza de que ele está realmente saudável. Se estiver tudo ok, excelente. Está apto a iniciar a transição para a AN! No entanto, se aparecer alguma alteração nos exames do seu amigo, não desanime, ele também vai poder comer AN! Para isso, basta que você procure um veterinário apto a elaborar uma dieta exclusiva para seu mascote, que supra as suas necessidades especais. Assim como existem rações específicas para diferentes doenças, também é possível formular dietas específicas para as diferentes necessidades dos pets. E falando em ração, afinal qual a diferença que existe entre ração e AN? Hoje estamos cada vez mais atentos à nossa alimentação, comendo alimentos saudáveis, sem transgênicos, preferindo opções sem corantes, sem conservantes, as mais naturais possíveis. Por que seria diferente com a alimentação dos nossos pets?
O professor Márcio Brunetto, especialista em nutrição animal da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, já reconheceu os benefícios da AN. E muitas pesquisas sugerem que, quanto mais industrializado o alimento, mais químicos são utilizados e mais mal podem fazer a saúde do seu melhor amigo. Você prefere comer uma lasanha industrializada, cheia de produtos químicos ou uma com ingredientes selecionados e escolhidos a dedo, sem corantes, conservantes ou qualquer aditivo, feita com todo cuidado e carinho?
Com a AN, seja ela cozida, crua sem ossos ou crua com ossos, conseguimos alcançar os mesmos níveis nutricionais de qualquer ração super premium, porém sem utilizar restos de frigorífico, farinhas de ossos ou de sangue, penas e bicos de aves, transgênicos, corantes, conservantes, entre outros subprodutos comumente utilizados nas fábricas de rações e presentes em seus rótulos.
Você sabe realmente o que tem oferecido ao seu melhor amigo? Você presta atenção no rótulo dos alimentos que oferece ao seu cão? Você se importa com a saúde dele? Quem sabe pensar, pesquisar sobre o assunto e oferecer um alimento que você consegue distinguir o que está servindo, não apenas uma “bolinha marrom ou colorida”?

Meu cão está gordinho, o que fazer?


Cães sofrem com as consequências do sobrepeso assim como humanos, desde problemas articulares, hipertensão, problemas cardíacos, diabetes entre outras enfermidades.

Hoje, a maioria dos cães está acima do peso ideal. Mas qual é o peso ideal? Como saber avaliar em casa, sem balança?
Existem muitas raças de cães e, por isso, muitos formatos de corpo diferentes. Algumas raças têm corpo mais largo e outras mais delgado, contudo, independente disso, podemos ter uma noção da quantidade de gordura existente no mascote e quando devemos procurar ajuda veterinária.
Além de acompanhar o peso, podemos fazer alguns testes em casa. Para tanto, deixe seu cão “em estação” (com as quatro patinhas no chão, posição normal do cão). Quando ele estiver assim e parado, passe as mãos de leve sobre as costelas. E aí, o que você sente nas pontas dos dedos? Nada, ossos suaves ou ossos muito proeminentes? O ideal é que, quando a gente passe os dedos de leve sobre as costelas, a gente consiga sentir ossos suaves, sem ter que fazer pressão para senti-los (animal acima do peso) ou que a gente sinta ossos muito proeminentes (animal abaixo do peso). Outro teste é, com o animal na mesma posição, passar os dedos de leve sobre os ossos do quadril (nas laterais da coluna, antes do início da cauda). Então, o que você sente? Da mesma forma que no teste anterior, não devemos fazer pressão para sentir os ossos nem senti-los muito proeminentes. O ideal é sempre é que os ossos sejam sentidos de forma suave.
Importante ressaltar que, assim como para nós, estar acima do pet não é uma boa condição. Cães sofrem com as consequências do sobrepeso assim como humanos, desde problemas articulares, hipertensão, problemas cardíacos, diabetes entre outras enfermidades.
Então… você fez os testes, seu cão está “fofinho” e agora está se perguntando: o que fiz de errado e o que posso fazer para que meu amigo fique no peso ideal, saudável e me acompanhe com saúde por mais tempo?
As duas principais causas do aumento de peso dos cães são: alimentos com excesso de calorias ou farinhas e falta de exercícios físicos. Quanto aos petiscos, eles não devem exceder 5% da alimentação diária e sempre busque agrados naturais, como frutas (ver artigo permitidos). Já quanto as atividades físicas, cada vez temos menos tempo para passeios com nossos mascotes. Então que tal enriquecer o ambiente que eles ficam com brinquedos que façam eles gastarem energia? Existem brinquedos como bolinhas atrativas que fazem com eles se exercitem em um pequeno espaço gastando as gordurinhas extras.
Hoje os cães fazem parte da nossa vida e das nossas famílias. Queremos que eles sejam muito felizes e que nos acompanhem por muito tempo, de forma saudável. Sobre isso, o que você tem feito pelo seu melhor amigo? Cada vez mais buscamos para nossas vidas comidas saudáveis, com menos gorduras, com menos farinhas, fazemos mais exercícios físicos… e para seu pet, o que você tem buscado? Pense, pesquise, conheça as opções de alimentação natural, tanto as que você pode fazer em casa como as que podem ser compradas prontas, como uma ração tradicional. Converse com seu veterinário de confiança sobre essa mudança. Caso seu amigo tenha algum tipo de doença, não quer dizer que ele não possa fazer a transição de alimentação, apenas que requer uma dieta específica para seu caso. A alimentação natural ou dieta caseira, sempre acompanhada por veterinário, tem tido muitos resultados positivos na perda de peso e estabilização, além de benefícios como redução de alergias, redução de retenção de líquidos, aumento da disposição e da qualidade de vida, além de alguns estudos falarem até em aumento da expectativa de vida.